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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

OMM alerta que 2014 pode ser o ano mais quente da história


O relatório da agência da ONU sobre o Estado do Clima Global afirma que as temperaturas registradas entre janeiro e outubro deste ano estão 0.5º C mais altas do que a média entre 1961 e 1990, que é a referência usada pela OMM. As taxas de degelo no Ártico também bateram o recorde este ano.

O secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, alertou para o aumento sem precedentes das temperaturas da superfície da Terra e dos oceanos associado a tempestades e cheias extremas.

Segundo a agência da ONU, este fenômeno tem levado a fortes chuvas além de secas severas e nevascas em muitos países.

De Brasília, em entrevista à Rádio ONU, o vice-presidente da OMM, Divino Moura, falou sobre a situação no Brasil.

"Especificamente no caso do Brasil estamos com um ano muito anômalo, de quente, na região de São Paulo, onde você tem na ordem de 11 milhões de pessoas sendo impactadas com o problema de falta de água para o consumo humano na reserva do Sistema Cantareira. O governo está realmente começando a pensar em racionalizar mais a utilização dessa água".

O relatório menciona a seca na região sudeste do Brasil como um fenômeno fora do normal. E cita a cidade de São Paulo, que sofre as consequências do que eles chamam de déficit hídrico. Esta estiagem foi considerada ainda pelos especialistas como a pior em 80 anos.

O relatório da OMM cita também as secas que ocorreram em várias partes do oeste dos Estados Unidos, assim como na China e em países da América do Sul.

As águas do leste do Pacífico estão entre as que mais aqueceram. Até meados de novembro foram 72 tempestades tropicais no mundo. Ao contrário de 89 que ocorreram entre 1981 e 2010.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Sabesp vai bombear menos água do Cantareira em dezembro

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) terá de reduzir ao longo de dezembro a retirada de água do Sistema Cantareira, o principal manancial para o abastecimento da região metropolitana de São Paulo, independentemente da quantidade de chuva que possa se acumular ao longo do período.

Segundo definição conjunta da Agência Nacional de Águas (Ana) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), o volume de retirada baixou de 39 milhões de metros cúbicos para 30 milhões de metros cúbicos, o equivalente a 30 bilhões de litros.
A medida faz parte de um acordo fechado, no último dia 17 de novembro, em que, mensalmente, os dois órgãos avaliarão o uso da segunda cota do chamado volume morto ou reserva técnica, que é a água bombeada abaixo da captação por gravidade.
O mesmo critério é seguido no caso das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). A determinação encaminhada ao presidente do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, Gabriel dos Santos, informa que a Ana e o Daee concordaram diminuir de quatro para três metros cúbicos por segundo a liberação de água dos reservatórios para os rios da região.

Lei Antifumo passa a valer a partir de hoje

Lei Antifumo passa a valer a partir de hoje
A partir de hoje (3), passa a valer em todo o país a chamada Lei Antifumo que proíbe, entre outras coisas, fumar em ambientes fechados públicos e privados. A estimativa é que as novas regras influenciem os hábitos de 11% da população brasileira, composta por fumantes.

Aprovada em 2011, mas regulamentada em 2014, a Lei 12.546 proíbe o ato de fumar cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos em locais de uso coletivo, públicos ou privados, como halls e corredores de condomínios, restaurantes e clubes – mesmo que o ambiente esteja parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou toldo.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

ANA reduz vazão de barragem para preservar estoque de água no Rio Paraíba do Sul

A Agência Nacional das Águas (ANA) determinou que a barragem em Santa Cecília reduza a vazão de água de 190 m³/s para 160 m³/s, até 31 de dezembro deste ano. Com a medida, a agência pretende preservar os estoques de água do reservatório da bacia do Rio Paraíba do Sul, composto também pelos barramentos de Paraibuna, Santa Branca, Jaguari e Funil.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (1º). Ainda de acordo com a resolução, ANA, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e governo do estado do Rio de Janeiro vão acompanhar as avaliações periódicas, feitas com o propósito de identificar os impactos causados pela redução da vazão.
Esse acompanhamento poderá contar também com a participação das empresas responsáveis pela gestão dos reservatórios e do apoio do Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap) e do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Guandu.
As avaliações buscarão identificar os efeitos que a redução da vazão na barragem terá rio abaixo, bem como o bombeamento de água para o Rio Guandu. Para tomar essa decisão, a ANA levou em conta a situação desfavorável na bacia – após longo período de estiagem – e o fato de o Rio Paraíba do Sul ser de grande importância para o abastecimento de várias cidades do estado do Rio de Janeiro.
A Bacia do Paraíba do Sul  abrange 184 municípios, dos quais 88 estão em Minas Gerais, 57 no Rio de Janeiro e 39 em São Paulo. A água do rio é usada para abastecimento, geração de energia hidrelétrica e irrigação.